sábado, 8 de maio de 2010

DIA DAS MÃES




A velocidade da passagem das datas no calendário assombra a qualquer um que observe com atenção o ultrapassar das folhas da agenda. Uma sucessão de comemorações, repetidas no ciclo infindável dos dias, fazendo com que até o próprio sentido da comemoração perca um pouco de sua importância. O referencial de vida, traduzido na escala de valores individuais e coletivos que todos adotamos, mereceria melhor observação da parte de cada um de nós, para que nós não nos afastemos daquilo que realmente tem importância em nossas vidas.



Nossas vidas? Vidas? Vida?



Por que não comemoramos amiúde também a vida, com a mesma intensidade de outras tantas celebrações populares, que assistimos todos os anos? Sim, comemoremos a data alusiva ao máximo dom Divino: A VIDA! Afinal, não é usufruindo nossa vida que tantas outras conquistas alcançamos, nunca sem sofrer uma ou outra perda, como parte desse roteiro misterioso de educação continuada?



Pois então, se assim elegêssemos uma data específica para comemoração do DIA DA VIDA, não seria natural que a escolha recaísse concomitante à celebração do DIA DAS MÃES? Ora, em última análise, a quem coube, no plano celestial, a missão de promover a vida? Não é essa uma reconhecida atribuição das mães? Não são as mães que, além de gerarem outras vidas dentro de si, ainda as mantém, cuidam e protegem?


Quem mais neste mundo representa tanto a vida quanto as mães?


Lembrando a história, como prova cabal dessa verdade, é de se instar onde estava Maria, enquanto tantos “valentes” homens evitaram amparar Cristo no martírio da crucificação, senão ao pé da cruz, chorando, implorando água para o Filho e clamando ao Senhor por Sua intervenção? Nos braços de quem, já morto, o corpo do Filho amado foi posto, após ser retirado da cruz? Quem mais além da mãe, também nesse momento, demonstraria tanto amor

Ser mãe é unir dor e regozijo, juntar trabalho e satisfação, misturar devoção e abnegação, dosar carinho e repreensão e ainda, ao mesmo tempo, demonstrar uma valentia pretensamente masculina com o requinte de uma suposta fragilidade feminina, ultrapassando limites de tempo e espaço!

Não esquecendo, obviamente, que mães são zelosas por excelência e, assim sendo, não abandonam seus “filhos maiores”, assim tratando, no mais das vezes, seus companheiros, irmãos, amigos, pais e avós...


Tanto amor com todos, às vezes desprezando a própria saúde, os interesses pessoais e os objetivos particulares.


Mais ou menos assim são as mães. Escrevo a expressão “mais ou menos”, enfatizando a imprecisão, pois nunca saberemos até onde pode avançar a missão materna. Quase todas que conheço, se preciso fosse, iriam até o inferno para salvar um filhos seu, mesmo que ingrato ou injusto, para salvar-lhe a vida!


Por isso, nestas breves linhas, modestamente presto minha reverência a todas as mães, pedindo licença aos leitores para honrar àquela que me trouxe ao mundo. Celebro a vida, com a lembrança de minha mãe, hoje recolhida ao céu e brilhando mais do que nunca, na forma de uma estrela que irradia amor e exemplo maior. À senhora, mãezinha amada, dedico esta composição (recorda que aprendi este termo, com sua ajuda nas “lições de casa”?), ofereço meu beijo cheio de saudade e agradeço a DEUS o maravilhoso presente de ainda tê-la ao meu lado, ou melhor, do lado esquerdo, pulsando amor no peito deste filho errante, mas apaixonado por sua mãe!


Salve o DIA DAS MÃES, que, como se pôde perceber, poderia também ser o DIA DA VIDA, o DIA DO AMOR, o DIA DA ABNEGAÇÃO, além de muitos outros possíveis sinônimos.


Araxá, 09 de maio de 2010


Rogério Farah

(dedicado à minha mãe, Áurea Maria Farah, com muito amor!)

http://blogdofarah2010.blogspot.com/
imagem google

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